Depois da queda de sete ministros em menos de um ano arrastados pelos ventos implacáveis da corrupção, Dilma tem pela frente o desafio de, provavelmente em janeiro, de se livrar de mais duas ou três árvores podres e depois montar a sua própria equipe. Imaginar, entretanto, que a presidente terá um ministério com a sua cara, mais técnico do que político, é querer muito, é apostar no imponderável.
Dilma não é do ramo, não tem autonomia política nem pedigree para isso. Terá que se costurar, forçadamente, com as indicações dos partidos da sua base, que tendem a travar uma batalha pelo controle das pastas mais estratégicas, principalmente PT e PMDB.
Dilma quer, ainda, enxugar o número de Ministérios, o que seria ideal, mas enfrentará igualmente resistências dos partidos fisiológicos, que apóiam em troco de cargos. Quanto mais cargos, melhor. O olho é grande, a gula, sem limite.
Para evitar o que está passando, hoje, o que a presidente deveria exigir dos novos auxiliares seria uma folha corrida da polícia. No mínimo!
Com isso, começaria a dar o exemplo da praticidade do projeto Ficha Limpa na esfera executiva. Uma maravilha! Pena que seja apenas uma utopia.
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