Uma prática que
parecia ter sido banida no País com a chegada do sistema informatizado
na era digital ainda perdura em Pernambuco: o desvio de dinheiro público
através de nomes de mortos em folhas de pessoal.
Segundo estudo do
Tribunal de Contas do Estado, divulgado com exclusividade pela repórter
Letícia Lins no jornal O Globo de ontem, existem 1.173 mortos que
receberam R$ 10,8 milhões em apenas um ano.
Eles constam em
folhas de pagamento de repartições estaduais nas prefeituras de 169 dos
184 municípios e em 150 câmaras municipais. O estudo, que não revela os
nomes dos personagens nem dos municípios onde há a maior quantidade de
irregularidades, aponta, também, outras distorções, como a de um
servidor com 14 vínculos com órgãos públicos nas duas esferas de poder –
executivo e legislativo.
Existem também
outras curiosidades, como servidores na ativa com idades entre 80 e 90
anos e flagrantes desrespeitos à legislação, com servidores que ganham
menos de um salário mínimo. Em pelo menos 130 prefeituras foram
encontrados 13.670 funcionários que não recebem o vencimento de R$ 545 a
que têm direito.
Entre os
professores, 49.429 percebem remuneração abaixo do piso nas prefeituras.
Diante de tamanha aberração, o TCE será obrigado agora a revelar a
lista dos prefeitos e presidentes de câmaras relapsos. Afinal, é o
dinheiro público que continua escoando pelo ralo. Uma vergonha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário