O Rio de Janeiro é a segunda cidade mais cara da América e a 22ª no mundo para os trabalhadores expatriados do mundo em 2011, segundo pesquisa de custo de vida divulgada nesta quarta-feira (7) pela consultoria britânica ECA International.
O Rio de Janeiro é seguido por São Paulo (29º) e Brasília (33º).
De acordo com a empresa, o fortalecimento do real fez com que as cidades brasileiras subissem no ranking de custo de vida global nos últimos anos. Em 2008, o Rio ocupava o 141º lugar no ranking global, sendo que em 2009 passou para a 51ª posição e em 2010 a cidade ficou entre as 20 primeiras.
"A ascensão das cidades brasileiras no ranking é uma faca de dois gumes", disse Lauren Smith, gerente-geral da ECA International New York. "Para as empresas que levam talentos ao país, o custo de um trabalho aumentará, já que são necessários subsídios maiores para manter o poder de compra dos funcionários. Por outro lado, as empresas que enviam funcionários para fora do Brasil terão custos de vida mais baixos".
"No entanto, na incerteza econômica atual, e com a crise da dívida soberana europeia afetando moedas além da Zona Euro, incluindo o real, esta situação pode mudar rapidamente. As empresas que enviam funcionários para dentro e fora da região precisam monitorar de perto a situação e rever subsídios, a fim de assegurar que essas flutuações mantenham o ritmo com as taxas de câmbio e os preços," diz Smith.
Caracas, classificada na 13ª posição em nível mundial, é a cidade mais cara da América.
Globalmente, Tóquio continua sendo a cidade mais cara do mundo para os trabalhadores expatriados em 2011 pelo segundo ano consecutivo, por conta do alto valor do iene, informou a consultoria.
Paris entrou este ano na lista das 20 cidades mais caras do mundo, (24º em 2010), pelo alto valor do euro em relação ao dólar, informou o ECA.
Segundo o estudo, realizado a partir de uma cesta média de bens de consumo frequentemente adquiridos pelos expatriados em mais de 400 cidades do mundo, Oslo ficou como a cidade mais cara da Europa e ocupa agora o segundo lugar no mundo.
Apesar da queda do franco suíço este ano, quatro cidades suíças estão entre as dez mais caras do mundo: Genebra, Zurique, Berna e Basileia. Londres está fora da lista das 50 mais caras do mundo.
Na Ásia, o Japão lidera a lista com quatro cidades entre as 10 mais caras (Tóquio em 1º, Nagoia em 4º, Yokohama, 6º, Kobe, 10º). As cidades chinesas são as que mais progrediram na classificação mundial, pois o preço de bens e serviços aumentaram 9% no país este ano. Pequim ocupa agora o 35º lugar e Xangai o 41º lugar.
Com uma taxa de inflação da cesta de bens e serviços duplicada nos 12 últimos meses, as cidades australianas tornaram-se mais caras, destaca o estudo. Sidney ocupa o 15º lugar, quando se encontrava no 157º lugar há três anos.
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