O ex- ministro Pedro Novais (Turismo) já vinha tocando a sua pasta num cenário de incertezas e instabilidade desde o momento em que foi acusado de patrocinar uma farra num motel com dinheiro público, tão logo tomou posse. As denúncias de má-gestão dos recursos federais continuaram pipocando, mas a presidente Dilma fez vistas grossas, chegando a negar que viesse a dar continuidade a faxina ética no seu governo.
O mais lamentável disso tudo é que Novais não cai pelo conjunto das suas imoralidades, mas porque foi objeto de uma nova revelação bombástica pela Folha de São Paulo. Em sua edição de domingo, o jornal revelou a administração promíscua da verba de gabinete do ex-ministro, na condição de deputado federal. Foi a pá de cal.
Não fosse isso, Dilma não teria tomado a decisão de aplicá-lo o cartão vermelho. As instituições representativas da sociedade civil querem e esperam muito mais da presidente. Não dá para estancar a suposta faxina agora. Tem muita gente aí ainda pendurada no pincel.
Resta saber se ela terá coragem para continuar as mudanças. A oposição teme e com razão, porque quanto mais se avança nessa limpeza, não permitindo que a sujeira fique debaixo do tapete, mais arranhões sofre a imagem do ex-presidente Lula. Aliás, não há um só ministro que Dilma tenha dispensado que não seja ligado ao ex-presidente. Lula passou a vida inteira passando a mão na cabeça dessa gente, que tanto mal fez ao País.
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