segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Entre a torcida e a ação

Blog Magno Martins

Numa conversa com o repórter Tauan Saturnino, da equipe deste blog, o governador Eduardo Campos (PSB) rompeu o silêncio em relação à Faculdade de Medicina de Garanhuns (Fameg), fechada há sete anos.
Disse que sua posição é amplamente favorável à reabertura, mas ressaltou que o processo não dependia dele. Jogou o problema no colo do Ministério da Educação.
“Torço para que a Fameg preencha todos os requisitos do MEC para termos mais uma universidade formando médicos”, disse.
Este blog deu o start de uma campanha em favor da volta do curso de Medicina para Garanhuns depois de conhecer in loco todas as dependências da instituição, que são de altíssimo nível, e constatar que o travamento não se dá por motivação técnica, mas provavelmente política.
De um a cinco, a Fameg recebeu nota quatro do MEC, ou seja, quase a maior exigida pelo Conselho de Educação. Cumpriu todas as exigências do Governo federal quanto aos documentos exigidos para o processo de migração do Conselho Estadual de Educação para o Conselho Federal.
Recentemente, o MEC anunciou ao prefeito de Garanhuns, Izaias Régis, que estava autorizando a reabertura faculdade com a regularização de três cursos – Educação Física, Nutrição e Enfermagem. Mas até agora nada foi efetivamente providenciado.
Ao invés de ficar torcendo, o governador poderia ir ao ministro da Educação, Aloízio Mercadante, se inteirar porque ele deu a palavra autorizando o funcionamento dos três cursos e até agora não assinou a portaria no Diário Oficial.
Liderança nacional, com trânsito invejável em Brasília, Eduardo pode, sim, acabar com esse imbróglio. Tem força, poder e capacidade para isso.
Basta querer! Seu Governo, extremamente bem avaliado, não pode passar à história com a mancha de ter tido uma faculdade de Medicina fechada num instante em que, paradoxalmente, o Brasil importa médicos.
Se não tivesse sido abatida pelas mãos dos que cometeram este crime, a Fameg já teria jogado no mercado este ano os primeiros 120 médicos. Para uma região tão carente como o Nordeste, um passo muito importante na salvação de muitas vidas.

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