terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Gosto de derrota do PMDB

Blog da Folha


O PSB é, hoje, um partido que tem um líder incontestável – Eduardo Campos -  e um projeto nacional. Esses dois ingredientes somados conduzem a legenda, mais facilmente, pelo caminho da unidade. A bancada do PSB votou fechada na eleição da presidência da Câmara Federal, ontem, assim como o fez no pleito para eleger o dirigente do Senado. A candidatura do deputado socaialista Júlio Delgado, que começou tímida, ganhou dimensão ao longo do processo. O total de votos obtidos por ele, 165, na disputa contra o candidato do Planalto e da oposição, Henrique Eduardo Alves, foi expressivo.
Tivessem sido subtraídos 21 votos do potiguar ou da oposição, a disputa poderia ter ido ao segundo turno. Para um candidato que tinha o apoio amplo da maioria das legendas, a margem de folga de Henrique foi bem ao contrário do que se esperava no início da campanha. Ele só não teve o apoio formal do PV, PTB e PSB. Entretanto, andava imergido em denúncia de que teria privilegiado a empresa de um assessor com emendas parlamentares e respondendo a processo, na Justiça Federal, por enriquecimento ilícito, acusado de manter milhões em contas no exterior. Em tempos em que o PSB de Eduardo Campos prega renovação, Henrique é ainda o mais antigo deputado naquela casa legislativa – tem 11 mandatos e está lá desde 1971.
Fez sua parte - Sendo praticamente impossível derrotar o candidato do Governo, a vitória do PSB foi demarcar a estratégia das mãos limpas. Sendo ainda o projeto do PSB baseado num conceito, o das gestões de qualidade, o partido fixou a mensagem de que é contra esse velho “modus operandi” que representa o novo presidente da Câmara, Henrique Alves.

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