Blog do Magno Martins
Se as pesquisas estiverem certas e se não se traduzirem numa grande frustração como ocorreu no primeiro turno da eleição, Dilma já pode preparar a roupa da posse, porque a média de 12 pontos de frente vem se repetindo em todos os institutos nesta reta final. A vitória de Dilma não será dela, mas de Lula. E não de Lula, isoladamente.
Mas do conjunto das suas forças. A vitória única de Lula teria se observado apenas no primeiro turno, porque todos os seus louros seriam dele e da sua liderança incontestável. Na prática, Lula teria elegido um poste, seja Dilma ou quem quer que fosse, porque o recado das urnas era de aprovação ao seu governo.
Como a sua candidata não ganhou no primeiro turno, ele teve que absorver uma meia derrota e, mais do que isso, juntar todas as forças da sua aliança que escondeu lá atrás, achando que a fatura seria liquidada de uma só vez, como o PMDB, que indicou o vice Michel Temer, sendo um mero coadjuvante.
Sendo, assim, a vitória do conjunto e não de Lula, Dilma terá muito mais dificuldades para administrar a fome insaciável de poder do PMDB, que já fala em abocanhar quatro ministérios, estatais poderosas e a presidência do Senado, isso sem falar também na presidência da Câmara. O PMDB já tem, aliás, até um pré-candidato em plena campanha: o potiguar Henrique Eduardo Alves, articulado líder do partido na Casa.
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