Blog do Magno Martins
Na reta final da campanha presidencial dois fatos de peso poderão ter influência na eleição do próximo domingo. Na campanha de José Serra, a notícia de uma licitação para o metrô de São Paulo, só revelada oficialmente ontem, onde seus vencedores já eram conhecidos muito antes do seu anúncio oficial quando o tucano ainda era governador.
Licitação viciada atinge Serra no campo ético, o qual ele tenta macular sua adversária. Já Dilma sofre os efeitos do depoimento da ex-ministra Erenice Guerra, à Polícia Federal, quando voltou atrás e confirmou ter recebido o empresário Aldo Vagner, da EDBER, empresa que tinha como lobista o filho da ex-ministra.
Em entrevista à revista IstoÉ, logo após a descoberta do escândalo, Erenice disse que nunca havia tido contato com Vagner nem tampouco com o consultorRubnei Quícoli. Fica no ar a desconfiança de que Dilma sabia de tudo, já que Erenice era seu braço direito na Casa Civil.
Quanto a Serra, passará a se explicar, a partir de agora, permanentemente, sobre algo muito estranho, uma licitação de cartas marcadas em seu governo. A eleição acontece daqui a quatro dias e este assunto entrará na pauta dos debates, na propaganda eleitoral e na mídia, jogando o candidato tucano na defensiva. Se Serra já estava em dificuldades para virar o jogo desfavorável nas pesquisas, a descoberta desta licitação assombrada é um soco no estômago.
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