segunda-feira, 26 de maio de 2014

Vereador Sivaldo Albino mostra documentação que comprovam que a ACIAGAM terá que devolver R$ 570 mil reais por irregularidades em Shows


O vereador Sivaldo Albino (PPS), continua cumprindo o seu papel de fiscalizar a aplicação de verbas públicas destinadas ao município de Garanhuns. Na semana passada o parlamentar recebeu uma vasta documentação do Ministério do Turismo, onde consta o resultado da reanálise técnica da prestação de contas de um convênio celebrado entre o órgão e a Associação do Comercio da Indústria e Agroindustrial de Garanhuns e Agreste Meridional, ACIAGAM, no ano de 2009.
No documento, o Ministério do Turismo pede a devolução de R$ 570 mil, pelo fato da entidade comandada pelo então deputado Izaías Régis (PTB), hoje prefeito de Garanhuns, não ter conseguido provar a aplicação dos referidos recursos. O Ministério do Turismo repassou a associação, R$ 1.950.000,00 (um milhão, novecentos e cinquenta mil reais) para a realização do “Circuito do São João do Agreste”, com festas em Garanhuns, Cachoeirinha, Capoeiras, Correntes, Paranatama, Saloá e Terezinha. E depois que as festas acabaram, a Aciagam precisou provar que realmente usou o dinheiro de uma forma lícita, só que não conseguiu e por isso precisará devolver parte dos recursos.
Casos inusitados foram registrados pelo Ministério do Turismo. A contratação de “Gilberto e Banda”, por R$ 20 mil é um desses. O artista de São Bento cobrou R$ 2 mil de cachê. Já a banda “O Bom Quixote”, que na época tocava por cerca de R$ 800, aparece na relação da ACIAGAM com um cachê de R$ 20 mil. Além disso, a  ACIAGAM disse ter usado R$ 480 mil para pagar propaganda numa rádio FM do Recife, no entanto, não conseguiu comprovar tal investimento.
FARRA COM O DINHEIRO DO POVO - Curiosamente, a entidade conseguiu comprovar algumas contratações que não deixam de ser suspeitas, pelos valores informados. O cantor Léo e Banda, que faz sucesso nas noites em Garanhuns apareceu com seu cachê pago no de R$ 15 mil o que é totalmente fora da realidade do preço praticado pelo músico naquela época e nos dias de hoje. A banda Forró Danado de Bom, também aparece com o mesmo valor pago pelo seu cachê R$ 15 mil, mas também não condiz com valor praticado por essa banda em cada apresentação.

OUTROS CASOS - As contratações de outras seis atrações também merecem ser analisadas com cuidado, principalmente, por quem é da área de eventos. A banda “Bonde da Paixão” foi contratada por R$ 10 mil reais, a banda Forró Pesado teria recebido R$ 10 mil, a banda Forró Lamerengue, também teria recebido R$ 10 mil, enquanto “Feras do Forró” ficou com o cachê de 20 mil reais, o mesmo valor pago ao cantor André Rio. Já a banda “Amor Perfeito”, teria abocanhado R$ 50 mil reais naquela festa de 2009. “Os valores são fora da realidade, o que pode direcionar que há indícios de superfaturamentos”, aponta o vereador Sivaldo Albino.

O vereador também considera um absurdo o fato da ACIAGAM ter dito ao Ministério do Turismo que fez investimento de quase meio milhão de reais numa rádio do Recife. Para fazer valer o princípio da transparência, Sivaldo decidiu encaminhar para toda a imprensa cópias dos documentos, que estavam sendo mantidos em sigilo absoluto pelo prefeito Izaías e demais envolvidos no episódio do “showgate”, como ficou conhecido numa referência ao escândalo do Watergate. 









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