segunda-feira, 3 de maio de 2010

As razões de Guerra

Coluna de hoje na Folha
Escrito por Magno Martins

Há quem jogue pedra no senador Sérgio Guerra por resistir aos apelos da oposição para ser candidato à reeleição na chapa de Jarbas. Com o desafio de coordenar a campanha de José Serra ao Planalto, o presidente tucano não teria tempo nem cabeça para mergulhar numa campanha majoritária no Estado. Ninguém consegue agradar a dois senhores de forma plena.

Ou se faz uma coisa bem ou as duas muito mal. Dedicado 24 horas ao projeto de eleger Serra – e isso não é de hoje, mas vem de dois anos, quando foi escolhido presidente da executiva nacional – Guerra pode dar a sua contribuição a uma eventual candidatura de Jarbas a governador disputando um mandato de deputado federal.

Campanha de senador exige a presença física do candidato em todos os atos, seja de rua, em articulações no Interior e até nas longas e cansativas gravações em estúdio. Se tudo isso não fosse suficiente para justificar a decisão de Guerra, é sabido que uma candidatura ao Senado iria também deixá-lo numa posição secundária no staff do presidenciável tucano.

Optando pelo Senado, Guerra perderia a coordenação geral da campanha presidencial e, eleito, Serra não daria ao senador pernambucano o mesmo tratamento na composição do governo se não o tivesse largado.


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