terça-feira, 9 de agosto de 2011

Falta de professor atrasa aula na UPE

Jornal do Commercio


A demora na contratação de professores e servidores para atender os novos cursos de medicina, odontologia e direito da Universidade de Pernambuco (UPE) nos câmpus de Garanhuns, no Agreste, e Arcoverde, no Sertão do Estado, provocou o atrasou no início das aulas. Previstas para começar este mês, as atividades só serão iniciadas em 5 de setembro. Em Garanhuns, vão estudar 40 alunos de medicina. Em Arcoverde, ingressarão 50 estudantes de direito e 20 de odontologia.

O semestre letivo da UPE começou em 1º de agosto. “Planejávamos inaugurar os novos cursos também em agosto, mas tivemos que postergar em um mês devido a dificuldades com a seleção simplificada de professores e servidores”, explica o reitor Carlos Calado. A aula inaugural será ministrada uma semana antes das atividades, no dia 29 de agosto. Caberá ao governador Eduardo Campos, informa o reitor, conduzir a primeira aula nos dois câmpus. De manhã, ocorrerá em Garanhuns e à tarde, em Arcoverde.

A seleção para 102 professores e 129 servidores está em curso. O contrato terá validade de dois anos, com possibilidade de renovação por igual período. “Será tempo suficiente para organizarmos o concurso público. Nosso objetivo é contratar pessoas que permaneçam nas cidades onde estão as unidades da UPE, pois uma das metas da interiorização da universidade é promover ensino, pesquisa e extensão. Isso é mais fácil com a fixação dos professores nas cidades”, observa Calado.

Sobre a estrutura física para receber os novos alunos, o reitor diz que será inaugurado um novo prédio com salas de aulas na unidade de Garanhuns. Por enquanto, os futuros médicos usarão os laboratórios de biologia e psicologia, que atendem a outras graduações. “Incrementamos esses espaços”, destaca.
Em Arcoverde, as atividades iniciarão na sede da autarquia municipal. “Existe o terreno doado pela prefeitura de Arcoverde para a UPE, mas falta recurso. Há uma emenda do governo federal no valor de R$ 10 milhões. Estamos correndo atrás para liberação. Vou para Brasília e um dos temas a tratar é esse”, diz Carlos Calado.

Aprovado em direito em Arcoverde, Felipe Barbosa, 19 anos, criticou a demora para o início das aulas. “Tiveram um ano para organizar o curso e deixaram a seleção dos professores para a última hora”, observa Felipe. Alexsandra Luiz, 32, que estudará medicina em Garanhuns, também reclamou. “Faltou informação para nós, alunos.”

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