Desencantado com a política, com a Câmara Federal, e sobretudo com o “presidencialismo de coalizão” vigente hoje no Brasil, que torna o presidente da República um quase imperador e os partidos de oposição meros figurantes do regime democrático, dado que não têm poder sequer para requerer a instalação de CPIs, o ex-governador Roberto Magalhães despediu-se dos palanques e agora se dedica integralmente a duas tarefas: a escrita de um livro de memórias e o escritório de advocacia.
Por sua vontade, o seu primogênito Carlos André, procurador da Prefeitura do Recife, teria também abraçado a política, mas não teve quem lhe desse uma chance, assim como Marco Maciel lhe deu, indo buscá-lo em casa em 1978 para ser candidato a vice-governador. A partir dali as porta se abriram para eleger-se, em seguida, governador, deputado federal e prefeito do Recife. Carlos André foi candidato a vice-prefeito em 2008, na chapa de Joaquim Francisco, mas não se elegeu.
Na verdade, se Carlos André quisesse mesmo entrar na política teria feito isto pelas mãos do pai, que poderia muito bem, como governador, tê-lo mandá-lo para a Câmara Federal. Isso não diminuiria nenhum dos dois. Tancredo e Arraes “fizeram” os netos, Aécio Neves e Eduardo Campos, respectivamente; ACM “fez “o filho, Luiz Eduardo; Sarney “fez” Sarney Filho, etc. A impressão que fica desse filme é que Carlos André gostaria de ser deputado federal, desde que não fosse candidato.
O prof Roberto Magalhães é um daqueles homens que dignificaram os cargos pelos quais passou, dando credibilidade a função pública, coisa que hoje é apenas quimera
ResponderExcluir