Diferentemente do
encontro realizado pelo governador Eduardo Campos (PSB) no início deste
ano, em Gravatá, os prefeitos que participaram da reunião desta
segunda-feira (2) com a ministra Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) saíram frustrados e reclamando porque não foi liberado
nenhum tostão para os municípios pernambucanos.
“Vim de muito
longe, de bolsos vazios e vou voltar do mesmo jeito”, se queixou o
prefeito de Petrolândia, do PR, sigla que integra a base de sustentação
da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional.
No mesmo tom, o
prefeito de Pesqueira, Evandro Chacón (PSB), disse que, já que não pôde
liberar recurso algum para os municípios, era para o Governo Federal ter
colocado em discussão pontos importantes, como o aumento do FPM em 2% e
os programas que pudessem resultar em convênios para cidades que estão
com dificuldades de fazer parcerias com a União por conta da
inadimplência. “Não vim iludido, já sabia que não iria haver nenhum
gesto do governo em relação à liberação de recursos”, disse.
Na reunião que o
governador Eduardo Campos realizou, todos os municípios pernambucanos
receberam uma cota do Fundo Estadual de Desenvolvimento e Apoio aos
Municípios (FEM), criado pelo governo estadual para socorrer gestões
endividadas. No ato de hoje, o que se viu em Gravatá foi uma prestação
de contas sobre o que o Governo Federal está fazendo no Nordeste e, em
particular, em Pernambuco.
“O que vimos aqui
não nos agradou; os programas foram os mesmos. Estamos em crise, sem
condições ou com dificuldade para pagar o décimo terceiro salário. Do
jeito que está, ou como foi conduzida essa reunião, não agradou a
ninguém”, afirmou o presidente da Associação Municipalista de
Pernambuco, José Patriota (PSB).
Chororô–
O que não faltou, ontem, na reunião de Gravatá foi choro. Da ministra
Ideli Salvatti, bastante traumatizada com a morte do governador de
Sergipe, Marcelo Déda (PT), e dos prefeitos, por não terem visto a cor
do dinheiro de Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário