Os representantes da oposição começaram, nesta quinta-feira, a afinar o discurso para a campanha presidencial de 2014, durante a abertura da Conferência Política do PPS, cuja abertura foi realizada na Câmara dos Deputados, com a presença do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), do deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), do líder do PPS, Rubens Bueno (PR), do vice-presidente do PSB e líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), do líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), do ex-deputado Fernando Gabeira e da presidente do PMN, Telma Ribeiro. Nesta sexta-feira, o ex-governador José Serra (PSDB), participa da conferência. Ele discute os desafios da esquerda, às 15 horas, no plenário 2 da Câmara.
Coube a Aécio Neves abrir o debate político no evento. Logo no início do discurso, ele defendeu a união das forças políticas de oposição. “Tenho plena confiança de que nós chegaremos vigorosos lá na frente. Vamos disputar e vencer essas eleições ao lado do PPS. Vamos juntos à luta”, conclamou o pré-candidato, que chegou ao evento acompanhado do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, do líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP) e dos deputados federais tucanos Marcus Pestana (MG), Antonio Imbassahy (BA) e Bruno Araújo (PE).
Segundo Aécio, “é possível, através de um programa amplamente discutido com a sociedade, construir um Estado onde a justiça social não seja apenas aparente ou instrumento da propaganda eleitoral”. Ele afirmou que o Brasil precisa mudar. “Quero aqui afirmar e reafirmar: sou oposição a isso que está aí, ao grupo que abandonou o conceito da ética, a um governo que apenas se contenta com a administração da pobreza, a um projeto político que se concentra apenas na manutenção do poder”, criticou ao se referir aos governos do PT.
Já o presidente do PPS, Roberto Freire, garantiu que o partido vai manter seu compromisso de dialogar com as forças de oposição para derrotar o “lulopetismo”. O parlamentar defendeu os valores democráticos e republicanos e repudiou a ação do PT e do governo, que, segundo ele, impõem à imprensa “o cutelo do bolivarianismo”. Na plateia, estavam deputados, militantes e dirigentes de vários partidos.
Freire criticou também a manobra governista de tentar impedir a formação de novos partidos. Para ele, o que ocorreu na sessão desta quarta-feira à noite no plenário da Câmara foi uma tentativa do governo de impedir o surgimento de novas legendas que lhe fazem oposição. “Neste momento em que a base se desestrutura, o governo entrou de forma abusiva e arbitrária para mudar uma regra que valeu nesta legislatura, como a que beneficiou a formação do PSD”, advertiu.
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