De acordo com fontes próximas ao ex-governador José Serra, o tucano recebeu o convite para ser vice em uma eventual chapa presidencial encabeçada por Campos, mas ele não cogita essa hipótese. A assessoria do pessebista negou o encontro. “Ele não tem perfil para ser vice nem no PSDB, muito menos numa chapa de outra legenda”, diz um aliado de Serra. Uma das hipóteses para Serra deixar o PSDB seria aceitar o convite de setores do PPS para integrar essa legenda.
O PPS estuda uma fusão com o PMN e correligionários dessas siglas gostariam de ter Serra ou numa disputa nacional ou até mesmo na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, num confronto com o atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB) e servindo de plataforma para a eventual candidatura presidencial do governador Eduardo Campos. Mesmo essa hipótese é rechaçada por pessoas próximas a Serra, que apostam que ele lutará “até as últimas consequências” para garantir um espaço de destaque no PSDB, ou seja, a presidência da legenda.
Serra: ''Candidatura de Eduardo é boa para o Brasil''
Um dos principais nomes do PSDB, o ex-governador José Serra disse ontem à Folha de S.Paulo que a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República nas eleições de 2014 seria 'boa para o Brasil e boa para a política'.
Serra, que tem evitado discutir em público o cenário político nacional e concorreu duas vezes ao Planalto por seu partido, deu a declaração ao confirmar que se reuniu com Campos na última sexta-feira, em sua casa, na capital paulista. A assessoria de Eduardo Campos disse que se tratou de 'uma conversa sobre o Brasil'. A versão do ex-governador de São Paulo vai na mesma linha. 'Foi uma conversa cordial sobre o Brasil, a política e a economia', disse Serra.
O tucano negou que, durante o encontro, Campos tenha falado sobre sua candidatura presidencial ou discutido alianças eleitorais. Serra disse que, 'apesar do distanciamento político', foi muito amigo do avô de Eduardo Campos, o governador Miguel Arraes (1916-2005), e que recebeu abrigo da família em Paris na ditadura militar, quando os dois estavam exilados.
A aproximação de Serra e Campos ocorre num momento em que a cúpula do PSDB trabalha para viabilizar a candidatura do senador mineiro Aécio Neves. Seus aliados veem como maior obstáculo ao projeto a falta de unidade na sigla em torno do senador.
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