Por mais que o deputado Sérgio Guerra não goste de ouvir isso, o PSDB pernambucano está com um pé na Frente Popular por uma questão de sobrevivência política. O partido não tem lideranças metropolitanas, salvo o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes. E suas bases do interior, com raras exceções, são originárias do “arraesismo”. Daí 16 dos seus 18 prefeitos terem apoiado em 2010 a reeleição de Eduardo Campos. As exceções foram Ozano Brito (Gravatá) e Marcos Alexandre (Ibimirim).
Além dessa particularidade, há outra igualmente relevante que empurra o PSDB para os braços do governador: a decisão do PMDB, PPS e DEM de isolar Daniel Coelho como candidato tucano à prefeitura do Recife. O isolamento teve como causa a reaproximação de Sérgio Guerra do PSB, que não é mais visto como oposição por Raul Henry, Raul Jungmann e Mendonça Filho. Para esses, o deputado rompeu com Jarbas Vasconcelos em 2010 exatamente para ficar próximo do governador.
Não bastasse isto, o PSDB aliou-se ao PCdoB, em Olinda, para apoiar a reeleição do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) e examina também a hipótese de apoiar Fernando Filho (PSB) em Petrolina, contra o prefeito Julio Lossio (PMDB), e José Queiroz (PDT) em Caruaru contra a ex-deputada Miriam Lacerda (DEM). Os tucanos fazem duas exigências à Frente Popular para continuar se aproximando dela: apoio para reeleger Elias Gomes e ficar distante dos petistas na eleição do Recife.
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