Prestes a se reeleger para comandar o PSDB, principal força de oposição do país, o deputado Sérgio Guerra (PE) avisa que não aceitará fazer parte de uma direção que atenda a interesses de grupos do partido. A convenção será no dia 28, em Brasília.
'Nossa chapa jamais vai configurar a colagem de grupos antagônicos. Não serão os grupos que vão formar a nova chapa. Serão as forças do partido e suas bases, de maneira que nós possamos ter, ao final, uma Executiva de total unidade.'
As dificuldades que Guerra deverá enfrentar para unificar o partido não são poucas e ainda estão potencializadas pela atual conjuntura política, com a criação do PSD pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O movimento provocou a debandada de seis vereadores tucanos da capital.
Nesse caso, o presidente tucano avalia que é “natural que os vereadores” sigam o prefeito, que está deixando o DEM, já que mantêm ligação com seu governo. Os tucanos entendem que os dissidentes têm elos mais fortes com Kassab do que com o próprio PSDB. ' É uma perda, que não é relevante e que não significa que o partido está em crise.''
90% é marola
A poucos dias de reeleger Guerra e escolher sua nova Comissão Executiva, o PSDB vive momentos de turbulência. Para o presidente tucano, porém, “90% é marola”. Segundo ele, ao longo da próxima semana será definida a formação da Executiva, e a unidade será fundamental “para o partido dar um passo à frente”. 'O partido não pode ficar dividido e não vai ficar dividido.
Guerra também nega qualquer atrito com o ex-governador de São Paulo José Serra, que no ano passado perdeu a eleição presidencial para Dilma Rousseff e teve o presidente do PSDB como coordenador de sua campanha. O tucano afirma, aliás, que o próprio Serra o incentivou a permanecer à frente do partido por mais dois anos. 'Nos primeiros dias depois da eleição, ele me indicou e pediu que eu fosse candidato a presidente e lançasse minha candidatura. Depois disso, o governador não falou comigo sobre cargos.'
Nenhum comentário:
Postar um comentário