Bastou
uma semana de novo governo para se confirmar a tese de que ter maioria
de votos no Congresso nem sempre garante tranquilidade para o
governante. A medida provisória que fixa em R$ 540 o salário mínimo
de 2011 - editada no dia 31 pelo ex-presidente Lula - já virou moeda de
barganha para aliados insatisfeitos e promete ser o primeiro grande
teste da presidente Dilma Rousseff nas votações do Congresso. Mas a
pauta explosiva do Legislativo não se encerra aí. Há demandas do setor
sindical, do Poder Judiciário e até a chamada "Pauta Dilma" - um
conjunto de propostas defendidas pela presidente e por ministros. São
pelo menos 12 temas que darão trabalho neste começo de gestão para a
presidente, que, apesar de contar com base maior no Legislativo do que
tinha seu antecessor, tem enfrentado embates em outros campos, como a briga por cargos entre PT e PMDB .
Muitas
propostas defendidas por Dilma e, em especial, pela equipe econômica -
como a reforma tributária, a desoneração da folha e a criação de um teto
para os gastos com funcionalismo - já foram tentadas pelo ex-presidente
Lula e esbarraram em resistências do próprio PT, partido da presidente e
da maioria dos ministros. O Congresso também tem uma extensa pauta
sujeita a chantagens e cobranças dos aliados do governo.
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