Enquanto os olhos do País estão focados na guerra dos traficantes contra a Polícia no Rio, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, outra tragédia causa indignação, revolta e horror. Mas, estranhamente, não está na ordem do dia das discussões. Trata-se do caso de duas adolescentes que foram lavar os pés num buraco aberto pela Compesa e acabaram arrastadas para a morte.
O poço da Compesa, na verdade, era uma armadilha instalada na periferia da cidade, que poderia ter fisgado a minha, a sua, a vida de qualquer um. Com três metros de profundidade, jorrava água numa pressão tão avassaladora que a amiga da garota que caiu na cilada foi salvar a colega em desespero e acabou puxada e morta, nas mesmas circunstâncias.
Lá se foram duas vidas tomadas pelo descaso do poder público. A armadilha foi armada pela Compesa, seja de forma voluntária ou involuntária. Há quatro dias o buracão estava ali exposto pelo descaso de quem deveria ter fechado imediatamente – a Compesa.
E pelo que consta ninguém até agora foi punido, nem mesmo o gerente de Camaragibe, que, supostamente, seria o responsável pelas ações da empresa naquele município.
A Compesa emitiu apenas uma nota lamentando o episódio e informando que depois repassaria mais informações. Que não vieram e não virão. O Brasil é, infelizmente, o País da impunidade!
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