Blog de Inaldo Sampaio
Quando Jarbas governava o Estado e se candidatou à reeleição, em 2002, seu principal opositor político, Miguel Arraes, tinha tanta certeza de que ele seria reeleito que lançou um candidato “pró forma”, Dilton da Conti, para competir com ele. Foi a forma que encontrou para não valorizar sua vitória. Afinal, uma coisa foi Jarbas derrotar Arraes em 98 por um milhão de votos e outra muito diferente vencer Humberto Costa e Dilton da Conti por 800 mil. Da 1ª vez houve repercussão. Da 2ª, não.
Até o final de 2009, quando as oposições ainda não tinham candidato, o PSB admitia a hipótese de Jarbas lançar um político sem expressão para concorrer ao Palácio das Princesas, visando a desqualificar uma eventual vitória do governador Eduardo Campos, pelos mesmos motivos de Arraes: tirar-lhe o brilho. Pois uma coisa é o atual governador ter como adversário Jayme Asfora, ex-presidente da OAB, como se chegou a cogitar, e outra muito diferente é enfrentar o próprio Jarbas.
Impor uma derrota elástica a um candidato sem expressão não tornaria Eduardo Campos um político maior do que já é. Alguns certamente iriam dizer que ele só ganhara a eleição porque o adversário não fora Jarbas. Porém, se ele conseguir bater o senador, sairá da campanha maior do que quando entrou. Daí a importância do embate que será travado aqui em 03/10. Se Jarbas vencer, terá derrotado Eduardo, o presidente Lula e sua candidata. Se perder, politicamente ficará menor.
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