Blog do Magno Martins
O governador Eduardo Campos (PSB) não costuma tomar decisões insistentemente cobradas pela mídia ou por pressões de aliados, mas está convencido de que a presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, perdeu todas as condições técnicas e políticas para continuar no cargo.
Antes da desastrada entrevista ao radialista Edvaldo Morais, na Rádio Olinda, na qual travou um bate-boca com o líder da oposição na Assembleia, Augusto Coutinho, Azevedo havia recebido orientações para mergulhar. Em política, mergulhar é sair de cena e transferir a gestão da crise para alguém mais tarimbado, que não caia nas provocações da oposição e, principalmente, não vacile.
Desde o primeiro momento em que o noticiário negativo se instalou na Fundarpe, em cima de shows e eventos com suspeitas de superfaturamento, a dirigente da instituição não conseguiu construir um discurso convincente. Nervosa e incapaz de administrar a emoção, Azevedo pecou, também, no linguajar adotado.
Quem não ouviu a entrevista na Olinda e leu ontem a sua reprodução pelos jornais tomou um choque com o vocabulário pobre, agressivo e em certos momentos chulos a que recorreu para se contrapor à pauleira da oposição.
Por tudo isso, Azevedo contribuiu decididamente pelo agravamento da crise num momento em que o governador, habilmente, vinha criando fatos positivos, dia após dia, para desviar o seu foco. Em ano de campanha, não se faz gol contra.
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