Blog do Jamildo
"Vou perguntar ao presidente Obama qual é o significado de seu recente acordo com Medvédev sobre a desativação de ogivas nucleares [entre os Estados Unidos e a Rússia].Desativação de quê? Porque se estamos falando de desativar o que já caducou não tem sentido. Eu tenho também em minha casa uma caixa de remédios e vou sacando os que caducam. Ou falamos sério sobre o desarmamento ou não podemos admitir que haja um grupo de países armados até os dentes e outros desarmados".
Assim se explicou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula de Silva, em conversa com Juan Luis Cebrián, jornalista e conselheiro do EL PAÍS. Lula assistirá a partir de amanhã em Washington a reunião internacional sobre segurança nuclear.
"O Paquistão", disse Lula, "tem a bomba atômica. Israel também. É compreensível que quem se sinta pressionado por essa situação possa pensar em fabricar a sua. Não temos o direito de por ninguém contra a parede, a praticar a tática do tudo ou nada".
(Comentário de Francisco: Em outras palavras, e às vésperas de visitar o Irã: Lula defende o que julga direito dos iranianos de fabricarem armas nucleares.
Essa pequena entrevista dele ao El País fará o maior sucesso nos Estados Unidos e na Europa. Por aqui ninguém vai dar bola. Lula adquiriu imunidade para dizer qualquer coisa - até as mais estapafúrdias.)
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