Ao fazer uma análise do cenário sucessório presidencial, o ministro da defesa, Nelson Jobim, declarou que ainda é um "problema" saber "qual é a capacidade de transferência de votos do presidente Lula para a [ex-]ministra Dilma".
Para Jobim, que é filiado ao PMDB, "o eleitor não vota no passado, vota para o futuro e esquece muito rapidamente as conquistas recentes". Citou um exemplo: "O sujeito que recebe água, abre a torneira e sai água. Correndo água, não tem problema nenhum, ele esquece disso. Ele só reclama quando falta água".
"O governo Lula chegou num patamar "x" de realizações. A discussão [eleitoral] é o que pode ser agregada a isso. O debate está nesse nível: no que vai ser feito adiante. O voto não é um voto de agradecimento (...) de gratidão. Votos são de esperança", declarou Jobim em uma entrevista gravada em vídeo para o UOL.
O raciocínio de Jobim coincide com a argumentação principal do PSDB e da candidatura do tucano José Serra a presidente. Em seu discurso de despedida do cargo de governador de São Paulo, Serra usou o bordão "o Brasil pode mais" -cujo objetivo é tentar jogar o debate eleitoral para o futuro, não para o que foi feito no atual governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário