Escrito por Inaldo Sampaio
Da sexta-feira à noite à madrugada de ontem, os secretários de estado que compõem a mesa de negociação com os servidores não tiveram descanso. Havia uma grande preocupação dentro do governo com a possibilidade de estourar na PM um novo “motim”, o que seria profundamente negativo para a sua imagem faltando seis meses para as eleições. Uma verdadeira tropa de choque foi mobilizada nos últimos três dias visando a acalmar os oficiais e, por tabela, a Associação de Cabos e Soldados.
Os secretários mais demandados foram Geraldo Júlio (Planejamento) e Paulo Câmara (Administração). Nas últimas 72 horas eles tiveram várias conversas com o alto escalão da Polícia Militar para explicar aos seus coronéis que as reivindicações salariais do pessoal fardado não tinham como ser atendidas de imediato porque levaria o Estado ao desequilíbrio fiscal. Assim, aceitou-se dar um pequeno reajuste na gratificação de policiamento ostensivo para reduzir a distância em relação à Polícia Civil.
Em suma, o que os coronéis pedem é a paridade com a Polícia Civil, ou seja, que o salário de um oficial em final de carreira seja equiparado ao de um delegado especial igualmente em final de carreira. Hoje, um coronel percebe cerca de R$ 10 mil e um delegado de polícia um pouco mais de R$ 11 mil. Mas, segundo a dupla de secretários, essa distância já foi bem maior no início do atual governo. Com a oficialidade aparentemente atendida, o “motim” ensaiado por cabos e soldados tende a esvaziar-se.
Ainda bem que foi controlado. Senão o prejuízo era todo da população.
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