Blog do Magno Martins
Ao se ausentar do debate, ontem, no Fórum da Propaganda, o qual contou apenas com a presença do candidato do PMDB, Jarbas Vasconcelos, o governador Eduardo Campos (PSB), que disputa a reeleição, sinalizou que adotou a velha estratégia usada por quem lidera as pesquisas, de não participar de embate com adversários no primeiro turno.
Trata-se de uma estratégia arriscada, uma verdadeira faca de dois gumes. Pode dar certo ou não. O passado mostra que dá muito mais errado. Em 1990, Joaquim Francisco, que aparecia como franco favorito, evitou o quanto pode sua ida aos debates. O mesmo Jarbas, então adversário de Joaquim, começou a crescer nas pesquisas depois de explorar uma cadeira vazia reservada para o oponente em todos os eventos semelhantes, seja em universidades, em rádio ou televisão. O efeito da cadeira vazia foi fulminante, ao ponto de Joaquim provocar um debate inusitado no Estado.
No seu guia de tevê, desafiou Jarbas para um debate olho no olho, durante o tempo da propaganda eleitoral, juntando o seu tempo com o do adversário. A justiça eleitoral permitiu e o cara a cara se realizou nos estúdios da TV-Jornal. A partir deste episódio, Jarbas cresceu bastante e, por pouco, não levou a eleição para o segundo turno. Os tempos mudaram, é verdade, mas uma cadeira vazia, bem usada, pode ser algo devastador.
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